segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobre fotografia, um pouco.

"Aí, aí! Não, ô, abaixa um pouco mais aí, tá cortando sua cabeça, pô. Aí! Todos prontos?" Diga xis e boa leitura!


Porto de Canavieiras, 2001. Nossa família - mãe, pai, irmã -  se reunia para um passeio num domingo a tarde.
"Ei, rapaz, pode bater uma foto aqui?" O pai pergunta a um pedestre. Concordando, o jovem aperta o botãozinho da máquina e nos prende para sempre numa fotografia. Era a nossa primeira câmera e aquele momento até hoje pode ser revivido graças a boa vontade do rapaz que passava naquele momento.


Ao pensar em fotografias, olho para trás e vejo as brincadeiras registradas, os aniversários dos coleguinhas, os desfiles de sete de setembro, a formatura. E falo assim, como se amasse tirar fotos. Mas, não. Confesso, não gostava de fotografia. Não posso precisar o porquê, bobagem de menino, provavelmente. Entretanto, o tempo cura tudo. É o que dizem para consolar os corações partidos, mas que completa o sentido de minha prosa. A descoberta da possibilidade de eternizar um momento, um sorriso, um abraço, uma verdade ou uma mentira, me veio aguçar o lado artista. Sim, arte. Mais que capturar imagens de confraternização, considero poderosa a mensagem que uma fotografia pode transmitir. Fazer pensar.


O fato de minha mãe perder horas olhando - babando - fotos de quando este que vos fala era bebê, sintetiza o valor dado às reminiscências que uma máquina, que cabe na palma d'uma mão!, pode propiciar.

Sou Cleriton Pandini, 3º semestre de jornalismo da UFRB.
Neste blog, poderás acompanhar o processo evolutivo de minhas noções concernentes à fotografia.
Ciente de que a chance de se viciar no blog é grande, previna-se: passa a bola, cabeção! (Dá uma olhada nos outros blogs aí :)